sexta-feira, 15 de abril de 2016

Rejeitada



Quando ouvi um não 
Quase pus a desabar 
Hoje se entrega o coração 
Mas ninguém quer aceitar 

De que vale a sua alma 
Se não for a ideal 
Ser bonita e aclamada 
Ser a miss universal 

E o pior de tudo 
Que dei o pouco que restou 
Pro primeiro que entreguei 
O menino o quebrou 

O segundo coitadinho 
Era a cópia do 1ª 
Devolveu tudo certinho 
Meu amigo meu parceiro 

A 3º era menina 
Já não era sorridente 
Quando viu seu coração 
O guardou imediatamente 

Ela estava tão estranha 
Parecia tão cansada 
Que esqueceu o esconderijo 
E nunca mais foi rejeitada 

domingo, 20 de março de 2016

Coração de papel





Coração de papel 
Em um mundo poluente 
Já nem lembra que foi árvore 
E mal sabe que é gente 

Batia todo serelepe
Quando em poema se tornou 
Mas depois de um tempo 
O serelepe parou 

Sociedade descartista
Não tentou reanimar 
Fizeram logo um transplante 
Nem tentaram concertar 

Nunca mais se ouviu falar 
Desse tal de coração 
Alguns dizem que é mito
Mas eu creio em exceção 

domingo, 13 de março de 2016

Dedal












Ganhei um dedal 
Me pus a sonhar
Voar pelas nuvens 
E me alegrar 

Dancei sozinho 
Falei com as paredes 
Deitei no meu ninho 
No meio da rede 

Olhei as estrelas 
Ouvi canarinhos 
Fiquei sorridente 
Pois lembrei com carinho 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

My little price



Eu sou de marte 
e ele meu vizinho 
No B 612
ele vive sozinho 

Vivo fitando 
o tal menininho 
Que rega sua rosa 
com tanto carinho 

Se ele olha-se
por lado um pouquinho 
Talvez encontra-se
alguém sem espinho 

Alguém que o amasse 
que fosse bonzinho 
Que o espera-se  
não o deixando sozinho 

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Amigos?


Tem faltado amigos 
Os quais  possa conversar
Dos caminhos percorridos
Para hoje aqui estar

Não se tem amigos sérios
Nem coragem pra contar
O que nunca foi falado
É hoje quer escapar

Temos que aliviar o peso 
Já cansei de guardar
Só pra mim os meus segredos
Não consigo os carregar

Arrependimento



Jogar culpa no amado 
Mas saber que é o culpado 
Além de torturar o outro
 Permanece angustiado 

Foi o gesto não cumprido

 O que nunca foi falado
 Que o matem impedido
 De viver apaziguado 

No lamento permitido

No sofrer desesperado
 No ardor peito doido
 No ser que  foi tomado